O matemático Edgar Frank Codd, publicou o artigo "A Relational Model of Data for Large Shared Data Banks" na revista "Communications of the ACM“ em 1970 e nele ele apresentou uma nova abordagem para a gerencia de banco de dados, denominando-a como "modelo relacional". Ele propôs que os dados deveriam ser armazenados em tabelas relacionais e que as operações de banco de dados deveriam ser baseadas em operações matemáticas simples, como seleção, projeção e junção.
Esse artigo foi considerado um marco na área de banco de dados, pois propôs uma nova abordagem para gerenciar os dados e mudou a forma como os bancos de dados eram projetados e utilizados. A partir desse artigo, surgiram diversos sistemas de gerenciamento de banco de dados relacional, como o IBM's System R, que foi o primeiro sistema de gerenciamento de banco de dados relacional a ser desenvolvido e implementado comercialmente.
Em 1974, a IBM desenvolveu uma versão inicial do SQL chamada SEQUEL (Structured English Query Language). No entanto, devido a problemas de direitos autorais, a IBM teve que mudar o nome para SQL. O primeiro sistema de gerenciamento de banco de dados relacional comercial a suportar SQL foi o IBM's System R, lançado em 1977.
A partir daí, o SQL se tornou rapidamente uma das principais linguagens de consulta de banco de dados, sendo adotado por diversos outros sistemas de gerenciamento de banco de dados relacionais, como o Oracle, MySQL e Microsoft SQL Server. Em 1986, a American National Standards Institute (ANSI) e a International Organization for Standardization (ISO) publicaram padrões para o SQL.
Hoje, o SQL é amplamente utilizado para gerenciar bancos de dados em muitas empresas e organizações em todo o mundo. É uma das principais linguagens de consulta de banco de dados e é amplamente utilizada para acessar e manipular dados em muitos sistemas de gerenciamento de banco de dados relacionais diferentes.
A linguagem SQL é uma linguagem de consulta declarativa, o que significa que você especifica o que você deseja obter como resultado, mas não como obtê-lo. Isso é diferente de linguagens de programação procedurais, onde você especifica o caminho passo-a-passo para chegar ao resultado desejado.
Isso pode tornar mais fácil para aqueles que estão iniciando a aprender SQL, pois eles não precisam se preocupar com os detalhes de como os dados são armazenados e como as operações de banco de dados são executadas. Em vez disso, eles podem se concentrar em especificar o que eles desejam obter como resultado e a linguagem SQL cuidará do resto.
Além disso, essa característica da SQL também torna a linguagem mais flexível, pois o sistema de gerenciamento de banco de dados pode escolher a melhor maneira de executar a consulta, sem que o usuário precise se preocupar com isso. Isso pode melhorar o desempenho e a escalabilidade dos sistemas de banco de dados.
Escreva a diferença entre as sublinguagens do SQL: DDL, DML e DQL?
Depois que a linguagem SQL foi desenvolvida pela IBM, outros fabricantes de sistemas de gerenciamento de banco de dados começaram a desenvolver seus próprios dialetos da linguagem, cada um com suas próprias extensões e variações. Isso levou a uma grande variedade de dialectos SQL diferentes, o que poderia tornar difícil para os usuários e desenvolvedores trabalhar com diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados.
Para resolver esse problema, a American National Standards Institute (ANSI) em 1986 e ISO em 1987, iniciaram o processo de padronização do SQL. Eles publicaram os padrões ANSI SQL-86 e ISO SQL-87, que especificavam a sintaxe e as funcionalidades básicas da linguagem SQL. Esses padrões foram posteriormente atualizados para incluir novas funcionalidades e melhorias, como ANSI SQL-89, ISO SQL-92 e ISO SQL:1999.
Esses padrões ajudaram a garantir que os diferentes dialetos da linguagem SQL fossem compatíveis entre si, tornando mais fácil para os usuários e desenvolvedores trabalhar com diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados. Além disso, eles também ajudaram a garantir que as aplicações desenvolvidas com SQL pudessem ser portadas para diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados.
Embora a linguagem SQL tenha sido padronizada pela ANSI e ISO, os fabricantes de sistemas gerenciadores de banco de dados ainda desenvolveram várias variações e extensões da linguagem. Isso pode incluir características adicionais, como novas funções, comandos e tipos de dados, que podem não estar disponíveis em outros sistemas de gerenciamento de banco de dados.
Isso pode tornar um desafio para os usuários e desenvolvedores trabalhar com diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados que usam diferentes versões do SQL. Eles podem precisar escrever códigos diferentes para diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados, ou usar ferramentas de compatibilidade para traduzir o código para diferentes dialectos do SQL.
Além disso, alguns fabricantes de sistemas de gerenciamento de banco de dados podem não seguir completamente os padrões ANSI e ISO, podendo incluir extensões e variações que não estão presentes nas especificações padrão. Isso pode tornar difícil para os usuários e desenvolvedores trabalhar com diferentes sistemas de gerenciamento de banco de dados e pode criar problemas de compatibilidade.
Baseada no padrão ANSI e ISO: